Dentre todos os fatores que afetam o aprendizado dos estudantes, a prática docente é o componente mais importante (OCDED, 2019). De fato, estimativas para o Brasil posicionam esse efeito próximo dos 60% (Instituto Península, 2024).
O Movimento Profissão Docente compartilha da visão de diversos pesquisadores e gestores públicos, nacionais e internacionais, de que a formação continuada contribui diretamente para a melhoria da qualidade do ensino ao proporcionar aos professores oportunidades de aprimoramento de suas práticas pedagógicas e ampliação de repertório. Não é à toa que praticamente todas as redes de educação pública ofertam alguma modalidade de formação. Mas sabemos que não é qualquer formação que, de fato, ajuda os professores a aprimorarem sua prática, assim como não é qualquer política de formação que garante que todos os professores tenham a oportunidade de participar adequadamente.
Assim, fizemos uma análise comparativa e representativa das redes estaduais dos processos institucionais que ofertam formação continuada aos professores. Em especial, a metodologia desenvolvida pelo Laboratório de Estudos e Pesquisas em Educação e Economia Social da USP (Lepes-USP) que contrasta as características das políticas públicas com o que as evidências científicas mais robustas mostram ser eficaz. O objetivo é que as redes públicas agora tenham um parâmetro a partir do qual é possível analisar suas políticas e apontar caminhos concretos para uma melhoria contínua das políticas públicas, destravando o potencial transformador dos professores na educação.
Boa leitura!
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